SÃO PAULO – Especialistas afirmam que o governo federal não está cumprindo a função de garantir condições mínimas de qualidade nas instituições de ensino superior do País. Prova disso é que 30% das instituições avaliadas pelo Ministério da Educação tiveram nota 1 ou 2 e foram consideradas ruins. Outras 884, que representam 44% do total, obtiveram nota 3 (razoável) no Índice Geral de Cursos (IGC).
O governo tem que fiscalizar e proteger a sociedade dos cursos caça-níqueis”, afirma Alberto Frank, da Universade Federal de Santa Catarina e coordenador do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.
Apenas 21 entre as 2 mil instituições de ensino superior avaliadas em 2008 conseguiram nota máxima.
Para Frank, o grande motivo de tantas faculdades serem consideradas de má qualidade é, principalmente, a falta de investimento em educação por parte do governo e dos próprios donos das instituições. “A educação é mercadoria, com o único objetivo de lucro”, diz. Por este motivo também, o presidente do sindicato critica o sistema de avaliação adotado pelo MEC: “a intenção é divulgar um ranking e dizer quais universidades são boas e devem receber primeiro os recursos”.
O presidente da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (ADUSP), João Zanetic, critica o sistema de avaliação por não levar em conta as diferenças regionais dos cursos. Além disso, segundo ele, a avaliação, não deve ser feita só por um órgão externo. "É preciso alguma forma de autocrítica, em que professores e alunos reconheçam suas fragilidades”, considera.
Zanetic explica ainda que, apesar de ainda se manterem à frente das faculdades particulares, instituições públicas também sofreram um grande processo de precarização nos últimos anos. “Lembro que quando comecei a dar aula na USP, na década de 70, eram 30 alunos por sala, hoje, é comum ver 100. Isso também é queda na qualidade”, diz.
Segundo Zanetic, nenhuma instituição sobrevive se não estiver apoiada no tripé: ensino, pesquisa e extensão. Porém, em muitas delas é comum ver professor “horista”. “Ele só dá aula e depois você não mais encontar com ele na universidade, nem para tirar uma dúvida”, diz.
Para ele, a expansão de faculdades na década de 90 produziu locais com corpo docente deficiente e instalações precárias. “Brinco que as pessoas devem procurar o Procon porque estão sendo enganadas”, diz.
Apenas 21 entre as 2 mil instituições de ensino superior avaliadas em 2008 conseguiram nota máxima.
Para Frank, o grande motivo de tantas faculdades serem consideradas de má qualidade é, principalmente, a falta de investimento em educação por parte do governo e dos próprios donos das instituições. “A educação é mercadoria, com o único objetivo de lucro”, diz. Por este motivo também, o presidente do sindicato critica o sistema de avaliação adotado pelo MEC: “a intenção é divulgar um ranking e dizer quais universidades são boas e devem receber primeiro os recursos”.
O presidente da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (ADUSP), João Zanetic, critica o sistema de avaliação por não levar em conta as diferenças regionais dos cursos. Além disso, segundo ele, a avaliação, não deve ser feita só por um órgão externo. "É preciso alguma forma de autocrítica, em que professores e alunos reconheçam suas fragilidades”, considera.
Zanetic explica ainda que, apesar de ainda se manterem à frente das faculdades particulares, instituições públicas também sofreram um grande processo de precarização nos últimos anos. “Lembro que quando comecei a dar aula na USP, na década de 70, eram 30 alunos por sala, hoje, é comum ver 100. Isso também é queda na qualidade”, diz.
Segundo Zanetic, nenhuma instituição sobrevive se não estiver apoiada no tripé: ensino, pesquisa e extensão. Porém, em muitas delas é comum ver professor “horista”. “Ele só dá aula e depois você não mais encontar com ele na universidade, nem para tirar uma dúvida”, diz.
Para ele, a expansão de faculdades na década de 90 produziu locais com corpo docente deficiente e instalações precárias. “Brinco que as pessoas devem procurar o Procon porque estão sendo enganadas”, diz.
Fonte: educação.ig.com.br
Data: 04/09/09
Isso é uma verdade...os cursos estão precários. Que saudade do ensino tradicional da década de 60/70 e até 80. Nesse período se aprendia alguma coisa. ESB
ResponderExcluirVerdade professor. Os cursos universitários estão cada vez piores. Onde vamos parar? onde estão os bons profissionais?
ResponderExcluirAbraço. LMM
Precisamos salvar o ensino. Abaixo o mercantilismo dentro da educação.Vanda N.
ResponderExcluirAs salas de aulas com uma média de 100 alunos são consideradas um problemão. Como um professor poderá ensinar com qualidade dessa forma? É um absurdo tais instituições só pensarem em encher salas para garantir receita....Carlão B.A
ResponderExcluirO governo "tem" que proteger a sociedade...mas não o faz.
ResponderExcluirA educação infelizmente há tempos virou simplesmente um "mercado" a mais.
Mesmo estando matriculado em uma instituição de ensino, deve-se sempre esta em busca de algo a mais (atualizações, cursos complementares). Pq há casos de instituições que oferece somente o básico e olhe lá!
No final do curso você será somente + 1 na lista de formandos. Mas terá algum diferencial? Isso vai depender exclusivamente de cada um.
Abraços professor, saudades das suas aulas!!
Nivalda Aragues