A realidade e as
tendências do modelo econômico de desenvolvimento brasileiro
Introdução
A taxa de crescimento de consumo e investimentos ficou acima da taxa de
crescimento da produção. Este modelo chegou a um limite e não é sustentável,
segundo Samuel Pessoa (FGV). Apostando apenas no consumo e nos investimentos
privados não vamos manter esses ganhos, sobretudo, por conta da desaceleração
global, diz Alexandre Schwartsman (ex-diretor do BC). Já Bráulio Gomes (LCA consultores),
discorda disso, pois diz que não podemos afirmar que o modelo estaria esgotado
por apostar na expansão do consumo, sem a mesma contrapartida do investimento
(privado e público). Segundo ao autor, os dados do IBGE dizem que houve um
salto de 16% para 19% de investimentos
em relação ao PIB de 2008
a 2011 o que contradiz os autores anteriores que dizem
que o modelo está em seu limite. Já Arminio Fraga diz que e natural e desejável
que o consumo cresça e que parte disso ocorra a partir do crédito, mas sem
exageros. Em tese, o crescimento da demanda deve vir acompanhado do crescimento
da oferta para manter um PIB em ritmo crescente e equilibrado. Na pratica há uma
situação explícita a qual não podemos ocultar: O consumo doméstico (consumo das
famílias, governo e os “investimento das empresas”) cresce mais que a produção
industrial, esse descompasso é preenchido por produtos/insumos importados. A
reclamação bate sempre na mesma tecla: aumento do custo Brasil (tributos, logística, taxa de câmbio, juros, energia entre outros); até questões
relacionadas ao nível de protecionismo à indústria local, criados pelo nosso governo, são colocados como barreiras, fazendo com que as empresas percam em
competitividade.
Fecharemos o texto com a seguinte explanação da Presidenta Dilma: "para
tornar o nosso modelo mais vigoroso e abrir este novo ciclo de desenvolvimento,
vamos incorporar uma nova palavra: competitividade”. Fica uma questão: como
desenvolver nossa indústria e a nossa sociedade como um todo a partir dessa “nem
tão nova” palavra?
Gráfico: Produção industrial x Consumo doméstico
Fonte: ESP
Tema Central
“Os impactos da desaceleração econômica global
para a economia nacional estão em função de questões estruturais e/ou conjunturais?”
Argumente sobre a questão expondo se o nosso
modelo de desenvolvimento econômico-industrial é sustentável a partir das
medidas federais e das críticas e suposições de outras vertentes analíticas.
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ResponderExcluirFernando, depois de ler FREAKONOMICS, do Steven LEVITT e Stephen DUBNER fiquei encantado com a visão prática, direta, eficiente que eles dão ao leigo do que a 'manipulação' dos dados, pareceres, entrevistas e comentários que alguns (ou a maioria!) dos economistas-especialistas fazem conosco pobres contribuintes e mortais consumidores! Muito boa a sua apreciação crítica sobre o modelo econômico brasileiro. Abraço e sucesso! ADERSON
ResponderExcluirAnalisando o momento da economia global, todos os países sentiram o impacto que começou em 2008. Em relação ao Brasil precisamos de planejamento muito bem feito e melhora de gestão, com empenho de todos, governo, sociedade, empresas.Trabalhar para um objetivo único, a competitividade do país sendo o interesse comum.
ResponderExcluirInvestimento maciço em educação, infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento, além de crédito são as chaves para acabar com as mazelas que a tanto tempo nos atormentam.
Fabio Petrisin Muniz
MBA Marketing – FMU
2º semestre/12